Foto: Divulgação

Raiz da Amazônia: a força da mandioca ganha espaço de memória, sabor e cultura

Na Amazônia, não há mesa sem mandioca. Seja em forma de farinha, tucupi ou maniva, ela é mais do que alimento: é elo entre gerações, saber ancestral e sustento para centenas de comunidades tradicionais.

A importância dessa cultura é tamanha que, em Santa Izabel do Pará, ganhou um espaço próprio de valorização: o Museu da Mandioca da Amazônia, localizado na comunidade quilombola Espírito Santo do Itá.

Idealizado por Sigla Regina e Antônio de Pádua, o museu nasceu como resposta à necessidade de fortalecer a identidade cultural local e valorizar a sabedoria popular em torno da mandiocultura.

“O museu é um espaço vivo de memória e resistência. Funciona por meio de visitas agendadas, respeitando o ritmo da comunidade, e envolve diretamente os moradores, que compartilham seus conhecimentos, produtos e modos de vida.”, explica Sigla.

Com acervo composto por objetos de uso cotidiano, instrumentos de trabalho e registros históricos, o museu preserva memórias e promove o protagonismo dos agricultores familiares, conectando passado, presente e futuro.

Essa iniciativa chega à capital paraense em forma de exposição “Museu da Mandioca: exposição e gastronomia” que ocupa, até dia 8 de junho, o shopping Castanheira.

A ideia de ampliar esse alcance e levar o museu para além dos limites da comunidade surgiu a partir da articulação da professora e pesquisadora Rosa Arraes, colaboradora e curadora da atual exposição do Museu da Mandioca, em Belém.

“Trazer o acervo para o espaço urbano foi uma forma de construir diálogo entre diferentes realidades”, conta Sigla. “Queremos aproximar o público urbano dos saberes tradicionais e da importância simbólica e alimentar da mandioca.”

A exposição reúne elementos do acervo do museu original e valoriza três pilares da mandiocultura amazônica: a farinha, a maniva e o tucupi. Além disso, apresenta uma programação especial aos fins de semana, com apresentações culturais e uma feira orgânica comandada por produtores da comunidade.

A mostra é ainda fruto de uma rede de articulação entre a comunidade, o shopping, a prefeitura de Santa Izabel e o Instituto Paulo Martins. A logística envolveu o transporte de pessoas e alimentos perecíveis entre a comunidade e Belém.

“A equipe do shopping visitou o museu quilombola e se envolveu ativamente na proposta. Essa conexão entre mundos é o que torna o projeto tão potente”, afirma Sigla.

Para quem quiser conhecer de perto essa imersão cultural e sensorial na história da mandioca, a exposição segue aberta ao público até o dia 8 de junho, no primeiro piso do shopping, com entrada gratuita.

Serviço

Museu da Mandioca: Exposição e Gastronomia
Lounge do 1º piso do Castanheira Shopping
Até 8 de junho
Entrada gratuita

Horários:
Exposição: Segunda a sábado, das 10h às 22h | Domingo, das 12h às 22h
Feira Orgânica e Menu Degustação: Sábados e domingos, das 12h às 20h
Apresentações Culturais: Sábados e domingos, das 18h às 19h

Mais informações: www.castanheirashopping.com.br

compartilhe

Categorias

mais lidas

newsletter

Cadastre-se para receber novidades sobre comunicação, arte e mídia em Belém/PA.

Ao se cadastrar, você concorda com nossa política de privacidade.

Ir para o conteúdo