Sebastião Salgado com sua obra Gênesis, lançada em 2013 — Foto: Reprodução

Sebastião Salgado morre aos 81 anos, fotógrafo era aguardado para eventos históricos em Belém

O mundo da fotografia e da arte está de luto com a morte de Sebastião Salgado, ocorrida nesta sexta-feira, 23 de maio de 2025, aos 81 anos, em Paris. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização ambiental fundada por ele e sua esposa, Lélia Wanick Salgado. O fotógrafo enfrentava complicações decorrentes de uma malária contraída na década de 1990.

Conhecido por suas imagens em preto e branco que capturam com sensibilidade e profundidade temas sociais, humanitários e ambientais, Salgado percorreu mais de 120 países, documentando a condição humana em séries emblemáticas como Trabalhadores, Êxodos e Gênesis.

Além de sua contribuição artística, Salgado teve um impacto significativo no meio ambiente. Junto com Lélia, fundou o Instituto Terra, responsável por um ambicioso projeto de reflorestamento no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, que já resultou no plantio de milhões de árvores.

Em outubro, estava prevista sua presença na inauguração do Museu das Amazônias, no complexo Porto Futuro, durante a semana do Círio de Nazaré, com uma exposição dedicada ao seu trabalho. Já em novembro, ele participaria da COP30, conferência climática da ONU, também em Belém, onde suas imagens sobre a Amazônia seriam destaque.

Foto de Sebastião Salgado – Reprodução/Internet

Nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, Salgado iniciou sua carreira fotográfica em 1973, após se formar em economia. Tornou-se um dos mais respeitados fotógrafos documentais do mundo, conhecido por retratar com rigor estético e ética temas fundamentais da humanidade. Entre suas obras mais notáveis estão as séries Trabalhadores, Êxodos, Gênesis e Amazônia

Sua trajetória foi retratada no documentário O Sal da Terra (2014), dirigido por Wim Wenders e por seu filho, Juliano Ribeiro Salgado, indicado ao Oscar de Melhor Documentário.

Sua partida deixa um vazio imenso, mas seu legado permanecerá como um farol para as futuras gerações. As imagens de Salgado continuarão a falar por ele — com a mesma potência, sensibilidade e urgência —, lembrando-nos sempre da beleza e da fragilidade da humanidade e da natureza. Belém, que o aguardava com honra e afeto, agora prepara-se para acolher sua obra como um tributo à sua memória.

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