Nesta quarta-feira, 29 de janeiro, o Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) vai realizar a primeira roda de conversa deste ano na Casa das Artes, reunindo, a partir das 18h30, cinéfilos, pesquisadores e admiradores da sétima arte para relembrar a trajetória do escritor, cineasta e pesquisador Pedro Veriano.
Crítico, pesquisador, cineasta e acima de tudo, apaixonado pelo cinema, ele fez da sétima arte um compromisso de vida. Na história do cinema paraense, poucos nomes carregam a força de Pedro Veriano.
No dia 6 de janeiro de 2025, seu falecimento encerrou um ciclo de décadas de dedicação à cultura cinematográfica, mas seu legado, assim como os grandes filmes que tanto analisou e defendeu, seguirá em exibição na memória dos que conviveram com ele.
Pedro viveu e respirou cinema. Como crítico, ele nos ensinou a ver além do óbvio, a perceber o cinema como arte, discurso e história. No encontro desta quarta serão debatidas suas ideias e seu impacto na cena cultural paraense, além de sua influência na formação do olhar crítico sobre o cinema.
A Roda de Cinema do CEC é uma iniciativa mensal voltada para o debate cinematográfico, com coordenação do crítico e professor Marco Antonio Moreira, em parceria com a Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA) e a Casa das Artes – Pça Justo Chermont – Ao lado da Basílica de Nazaré.
O olhar crítico para o cinema como arte e história
Pedro Veriano nasceu em 1936, e sua trajetória com o cinema começou cedo. Ainda nos anos 1950, ele criou o Cine Bandeirante, na garagem de sua casa, onde exibia filmes e promovia debates. O espaço, que funcionou por mais de três décadas, era um cineclube e um ponto de encontro para cinéfilos, um refúgio para aqueles que viam no cinema algo além do entretenimento.
Formou-se e exerceu a medicina, mas nunca se distanciou da crítica cinematográfica. Escreveu para os jornais A Província do Pará e A Voz de Nazaré, analisando filmes com rigor e paixão. Foi presidente da Associação dos Críticos de Cinema do Pará (APCC) e um dos principais articuladores do cineclubismo no estado, ajudando a consolidar uma cinefilia que transcendia as salas de cinema comerciais.
Para ele, assistir a um filme era um exercício e compromisso com o olhar crítico. Além de escrever em jornais, publicou livros que se tornaram obrigatórios para quem quiser entender a história do cinema na região, entre eles A Crítica de Cinema em Belém, Cinema no Tucupi e Fazendo Fitas. Obras que documentam, analisam e celebram o cinema.
Serviço
Roda de Conversa da CEC – Homenagem a Pedro Veriano. Nesta quarta-feira, 29 de janeiro, às 18h30, na Casa das Artes – Pça Justo Chermont (ao lado da Basílica) – Belém-Pa. Entrada gratuita.
