O cantor e compositor paraense Nicobates, conhecido por sua contribuição ao rock local, se prepara para lançar, nesta sexta-feira (24), o videoclipe da música “Infante Destemido”. O trabalho, produzido e editado pelo diretor de arte Marllon Maia, traz o artista dialogando com seu “alter ego”, numa criativa utilização da técnica de clonagem por edição de vídeo.
O videoclipe é resultado de um projeto contemplado pela Lei Paulo Gustavo, por meio do Edital 003/2023 da Secretaria de Cultura do Município de Ananindeua, cidade próxima a Belém, no Pará. Segundo Nicobates, a ideia inicial era produzir um curta-metragem inspirado no personagem “Infante Destemido”, criado a partir da música homônima composta em parceria com Rael Andrade, vocalista da banda Superself, durante a pandemia.
Essa inspiração evoluiu para um espetáculo musical no Teatro Municipal de Ananindeua, no ano passado, onde Rael deu vida ao personagem ao lado da banda de Nicobates, “Os Amadores”. A apresentação foi registrada e originalmente planejada como a cena final do curta-metragem, mas os custos elevados levaram a equipe a adaptar o projeto para um formato de videoclipe.
“Era um projeto muito ambicioso para ser executado com o orçamento que tínhamos. Então, decidimos fazer o clipe como uma versão adaptada, em que eu mesmo interpreto o personagem”, explica Nicobates. No clipe, o cantor interage com um clone de si mesmo, em uma performance repleta de elementos lúdicos e reflexivos.
Marllon Maia, responsável pela direção do clipe, destaca o uso de técnicas de animação e edição que deram um tom único à produção. “Queríamos criar algo dinâmico e animado, sem perder a essência reflexiva da obra de Nicobates. É um trabalho que mistura entretenimento e introspecção”, afirma o diretor, que tem ampla experiência na produção de vídeos com artistas independentes do Pará.
O futuro do curta “Infante Destemido”
Não deu para realizar o curta com o prêmio anterior, mas agora vai! “As Aventuras do Infante Destemido”, ganhou novo fôlego ao ser premiado pela Lei Aldir Blanc 2. A narrativa, que será desenvolvida ainda este ano, gira em torno de um herói neurodivergente com TDAH.
“Ele é atrapalhado, rejeitado pelas pessoas, mas tenta ajudá-las enquanto lida com suas próprias dificuldades. É uma história sobre aceitação, superação e como ensinar isso ao mundo sem se machucar”, explica Nicobates, animado com a continuidade do projeto.
